Barrando o rio
Trairi, sistema complementar,
a sua bacia hidrográfica cobre uma área de 1.580 km2. Atualmente tem
como finalidades principais, o controle de cheias, a piscicultura e o
aproveitamento das áreas de montante Foi
projetada e construída
pelo Departamento Nacional de
Obras contra as Secas – DNOCS. Os estudos preliminares previam uma barragem em
concreto armado. Sua construção teve início em fevereiro de 1949 e foi
concluída em julho do mesmo ano Praticamente no término do levantamento da bacia hidráulica
foi encontrado outro
local para a
construção de uma barragem de
terra, propiciando mais capacidade de armazenamento e maior economia que a
alternativa estudada anteriormente. Os estudos para este segundo local da
barragem do Trairi foram iniciados no fim de julho de 1949 e concluídos no
final de dezembro do mesmo ano.
A barragem do Trairi é constituída de uma maciço de
terra compactado, homogêneo, com drenagem
interna através de um tapete horizontal de areia e dreno de enrocamento
no pé de jusante. Seu talude de montante é protegido com revestimento de pedras
rejuntada e tem inclinação de 1V:2H do coroamento até a cota 107, 1V:2,5H entre
cotas e 100 e 1V:3H da cota 100 até a base do talude. O talude de jusante tem
inclinação
1V:2H.
A
fundação e as
ombreiras são formadas de rochas gnáissicas
pertencentes ao complexo
cristalino do Pré-cambriano. O solo empregado na construção
do maciço foi classificado na faixa SC da Classificação Unificada dos Solos.
O vertedouro é de superfície livre,
escavado em rocha até a cota
110,50. Formado por um canal retangular, está localizado na ombreira direita da
barragem. Dois muros laterais foram construídos em concreto armado para proteção
da ombreira e da barragem.
A
tomada d´água é
composta de uma
torre em concreto armado,
na qual estão instalados os equipamentos de manobra de duas
comportas retangulares. A galeria é de seção retangular, também em concreto
armado
O regime das chuvas foi obtido dos dados das estações
pluviométricas localizadas na bacia hidrográfica do açude.
As vazões de projeto foram determinadas com o
emprego das fórmulas empíricas do Engº Francisco Aguiar.
Em 1954, em virtude de intensas chuvas ocorridas na
região, a barragem do Trairi foi submetida a severas condições de
trabalho, com lâminas
de sangria atingindo
alturas superiores às previstas no projeto, acrescidas pelo arrombamento
de açudes públicos e particulares existentes na sua bacia de captação. A
barragem esteve na
iminência de um transbordamentos,
tendo na ocasião se verificado um considerável desmoronamento de um trecho do
paramento de jusante
Em março de 1981, quando começava a estação chuvosa
em todo o estado do Rio Grande do Norte, as contribuições na bacia hidrográfica
do Açude Público Trairi foram de tal monta que provocaram rapidamente o
enchimento do reservatório, com uma sangria normal. Entretanto, o acidente
ocorrido na barragem do Açude Público Santa Cruz, que rompeu a montante,
provocou uma repentina onda de cheia, atingindo o reservatório de Trairi. O
nível do mesmo elevou-se de tal maneira,
que
ocorreu o transbordamento por sobre o maciço, com
uma lâmina máxima de 1,10 m, durante aproximadamente 5 horas.
Apesar do longo tempo decorrido com a água escoando
sobre a barragem, não houve ruptura do maciço, como seria natural que
acontecesse, já que barragens de terra não são estruturas concebidas para
resistir a extravasamentos
A ação da
água sobre o
paramento de jusante provocou erosão regressiva sobre o
mesmo, fazendo com que o talude ficasse vertical em toda a extensão da barragem
e mesmo negativo, em alguns trechos
FONTE -TANGARÁ, CIDADE DO PASSARO - INTERNET
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